A dor pode ser aguda ou crónica. Uma dor aguda alerta para o facto de se ter sofrido um traumatismo. Pode começar de uma forma repentina e quando a lesão regenera, a dor para. Numa lesão aguda, a dor é devida à pressão da inflamação nos tecidos e nervos no local da lesão. Esta inflamação leva a edema que faz parte da resposta regeneradora do corpo.
A dor crónica continua depois da lesão inicial ter sido resolvida, podendo em alguns casos durar por semanas, meses e até anos.
Numa lesão crónica, o impulso nervoso que esteve ativo durante a lesão aguda continua a enviar mensagens de que o corpo sente dor. Apesar da dor crónica não ser completamente compreendida, esta é potencialmente devida a danos que os nervos sofreram. Novas pesquisas também sugerem que a dor crónica pode surgir da disfunção na forma como o cérebro mapeia a informação sensorial.
Um exemplo evidente seria a “dor do membro fantasma”. Esta dor é sentida pelo paciente no membro que foi amputado.
Cerca de 2/3 das pessoas com dor crónica reconhece também ter problemas de sono. A falta de sono reparador frequentemente piora a dor, o que resulta num ciclo frustrante de dor e insónia.
A dor crónica constitui uma enorme despesa para os empregadores, com a saúde, reabilitação e na perda de produtividade do trabalhador. A enxaqueca é a terceira patologia com mais incidência a nível mundial. Um estudo de 2015 demonstrou que a cefaleia é a causa mais comum atribuída à perda de produtividade no trabalho nos Estados Unidos.
A acupuntura é amplamente reconhecida pela sua eficácia no tratamento da dor. O seu papel único, na redução do sofrimento em pacientes com dor, é umas das razões principais pela qual se tornou tão popular a nível mundial.
A investigação é abundante sobre os efeitos da acupuntura em condições específicas da dor, como pode ver-se ao longo deste site.
Relativamente à dor aguda, os resultados de uma revisão sistemática de 13 estudos revelaram que a acupuntura é mais eficaz do que a utilização tanto da técnica de placebo como dos analgésicos por via injetável.
Relativamente a situações de dor crónica, o maior estudo efetuado até à data foi realizado em 454.920 pacientes que foram tratados com acupuntura para o alívio de cefaleias, lombalgia e/ou osteoartrite.
A eficácia da acupuntura foi considerada notável, ou moderadamente eficaz, em 76% dos casos pelos 8.727 médicos que os trataram.
Num estudo retroativo de 2 anos, em mais de 89.000 pacientes, publicado em 2016, 93% dos pacientes disseram, que o seu acupuntor tinha sido bem sucedido no tratamento das suas dores musculoesqueléticas.
Uma meta-análise de 17.922 pacientes, em ensaios clínicos randomizados, concluíu que “a acupuntura é eficaz para o tratamento da dor crónica” e é portanto, uma opção de referência.
Um estudo posterior com base nestes dados, tendo em vista o alívio das dores a longo prazo, revelou que os benefícios da acupuntura permaneceram durante 12 meses depois de terminado o tratamento.
Outro estudo na revista Current opinion in anesthesiology intitulado “Acupuntura para dor crónica: uma atualização e um crítico panorama geral” concluiu que as evidências demonstram a eficácia da acupuntura no tratamento de lombalgia crónica, dores no pescoço, ombros e joelhos, bem como cefaleias.
Dados adicionais estão a surgir e que apoiam a utilização da acupuntura como um adjuvante ou alternativa aos opióides e em ambiente pós-operatório.